A CoP15 chega ao momento decisivo. Ministros de chefes de estado começam a chegar e a eletricidade está no ar.
Ontem no fim do dia a ministra Dilma Roussef apresentou a posição brasileira em uma conferência ao lado dos ministros da China, México e Índia. Foi frustrante.
Visivelmente despreparada, Dilma cometeu logo de saída um ato falho, ao afirmar literalmente que: "O meio ambiente é, sem dúvida, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável". Freud explica e eu não queria estar na pele dela.
Todos presentes no auditório ficaram constrangidos, inclusive o embaixador Luiz Figueiredo, que conduziu as negociações pelo Brasil até o momento da chegada de Dilma, que agora chefia a delegação. Em outro momento, Dilma disse que não há como garantir um crescimento com energia limpa sem as hidrelétricas. Outro assinte, pois as hidrelétricas causam tremendos impactos ambientais, apesar de serem fonte de energia renovável. Deveríamos garantir outras fontes.
O ministro Minc também falou, e afirmou que os crimes ambientais não serão mais tolerados no Brasil. Quero muito acreditar nisso, mas o tom inflamado parecia mais de palanque do que correspondente à realidade.
Enfim, estamos em maus lençóis com Dilma por aqui e diplomaticamente ela pode por muito a perder diante da delegação Brasileira, depois do que o embaixador Figueiredo construiu na primeira semana da CoP. Claro que sua posição foi de chamar a responsabilidade dos países desenvolvidos, mas isso não basta. Isso é o mínimo que se espera, pois está definido nos documentos da Convenção Quadro sobre o Clima. Menos discurso e mais ação, é disso que precisamos nesta reta final em Copenhague.
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