O evento nem começou e a coisa já está pegando fogo em Copenhague.
Hoje participei da reunião preparatória da CAN, Climate Action Network, uma rede com mais de 500 ONGs que debatem as mudanças climáticas e atuam pressionando governos a agirem para previnir o aquecimento global e outras catástrofes que já ocorrem e podem se agravar com o aumento da temperatura.
Confiram os principais pontos apresentados pelo Dr. Stephan Singer, da WWF Internacional, que falou hoje para os participantes do encontro:
- A concentração de CO2 na atmosfera não é normal para os padrões dos últimos 500 mil anos, resultado da ação do homem.
- A meta de manter o aumento da temperatura abaixo de 2 graus se justifica pelos estudos que mostram o alto risco de ocorrência de malaria, seca extrema entre outros problemas.
- A maior causa do aumento da emissão de CO2 é a queima de combustíveis fósseis, seguida pela queima ou degradação de florestas.
- Entre 1990 e 1999 - aumento de concentração de CO2 por combustíveis fósseis e produção de cimento foi de 0,9% enqanto entre 2000 e 2007 o aumento foi de 3,9%
- Em 2007 a concentração de CO2 era de 383 ppm
- O degelo do Oceano Ártico e o aumento do nível do Oceano observado é maior do que o projetado nos últimos anos
Dá para perceber que o problema não é pouco e as pesquisas científicas reduzem cada vez mais as incertezas sobre os problemas.
- A seguir, os objetivos essenciais defendidos pela CAN:
- Manter o aumento da temperatura abaixo de 2ºC
- Os países industrializados devem reduzir em mais de 40% as emissões de CO2 até 2020 (baseado em valores de 1990)
- Emissões por desmatamento e degradação de florestas deve ser zerado até 2020, com fundos de US$ 35 bilhões por ano, financiado pelos países desenvolvidos
- Países desenvolvidos devem financiar US$ 195 bilhões por ano até 2020 - investidos em novas tecnologias, pesquisa e queda dos desmatamentos
- O acordo de Copenhague deve ser legalmente vinculante, ou seja, promover a criação de leis em cada país a respeito dos temas aprovados
Pois é, tem muito trabalho pela frente e a sociedade civil, ou seja, eu e você, devemos agir pressionando o governo, as indústrias, o comércio, as entidades para tomarem providências e mudar o rumo das coisas.
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